O Concurso de Artesanato "Água e Alentejo" evidenciou a conexão única entre a água e a criatividade artesanal, celebrando a identidade alentejana e a capacidade humana de transformar elementos naturais em verdadeiras obras de arte. Os artistas que participaram neste concurso demonstraram ter habilidades excecionais e um profundo respeito pela inovação e tradição, pela terra e pela água. No total, recebemos 36 obras que refletiram várias interpretações criativas ao desafio proposto e que incorporam elementos naturais, como a cerâmica, a madeira e o tecido, muitas vezes reciclados ou reaproveitados, destacando a importância da sustentabilidade na criação artesanal.

Este Concurso foi propositado para celebrar o talento artesanal, a cultura alentejana e a necessidade de cuidar da água. Com o propósito cumprido, apresentamos as peças vencedoras que, pela sua notoriedade, contemplam os 10 primeiros lugares.

A Águas Públicas do Alentejo, agradece aos artistas e à comunidade pelo seu envolvimento e convida a apreciar as peças e a refletir sobre a capacidade única da arte em sensibilizar e elevar temáticas, como a necessidade de preservar a água e valorizar a região para as gerações futuras.

 

Fique a conhecer os 10 vencedores: 

 

1º. Rita Morais – A Maria Vai à Fonte

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"A Maria vai à fonte e pensa preocupada, se a humanidade não mudar de atitude... Amanhã não teremos água a correr na fonte.” 

Rita Morais, de Odemira, reflete sobre a importância do uso eficiente da água enquanto recorda a tradição das mulheres irem buscar água à fonte.
Esta peça foi feita com barro vermelho com chamote e barro branco e com vidrados tradicionais verde caldas e amarelo mel óxidos. 

Técnicas Utilizadas: olaria de ropa, modelação, técnica de lastra e vidrados dados a pincel.

 

Facebook:  https://www.facebook.com/people/Oficina-do-barro-Monte-da-Estrada/100064145228122/

 

2º. Célia Macedo – (Re)púcaro de Montemor

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 Célia Macedo, de Montemor-o-Novo, moderniza a tradição da sua região nesta obra. Toda a matéria-prima utilizada é composta por barro extraído diretamente do solo, da encosta do Castelo de Montemor-o-Novo, conforme práticas do século XV e XVI, quando o Município era considerado um importante centro de oleira a nível nacional. É uma peça de produção muito ecológica, com pegada de carbono praticamente nula.

Técnicas Utilizadas: desenho, extração, amassar e pesagem das porções de barro modelação, cozedura de chacota e porosidade.

 

Site: https://www.celiamacedo.pt

Facebook: https://www.facebook.com/CeliaMacedoceramics/

Instagram: https://www.instagram.com/celiamacedo_ceramics/

 

3º. Inês Carvalho – Água que Cai e Sustenta

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 Com inspiração no Montado e nos seus costumes, característicos do Alentejo, esta peça faz uso do barro em comunhão com a cortiça, do mesmo modo que a atividade humana e a natureza se relacionam neste sistema. Inês Carvalho, de Vidigueira, reflete assim sobre a relação que preserva os recursos. Com inspiração no Montado e nos seus costumes, característicos do Alentejo, esta peça faz uso do barro em comunhão com a cortiça, do mesmo modo que a atividade humana e a natureza se relacionam neste sistema. Inês Carvalho, de Vidigueira, reflete assim sobre a relação que preserva os recursos. 

Técnicas Utilizadas: modelagem.

 

Site: https://projectotasa.com/ines-carvalho/

 

4º. Lia Silvério Morais – Água Traz, Água Leva

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Lia Silvério Morais, de Lisboa, apresenta um recipiente com a função de recolher, transportar, conservar, preservar e partilhar água. Constituído por 1 contentor tubular (em Prata), 2 tampas (em Cortiça) que encerram os topos do contentor e 1 alça (em cordão de Algodão - Macramé) que liga e suporta o recipiente quando transportado no corpo, à tira colo. A artista criou um copo que pode transportar para onde for necessário. 

Técnicas Utilizadas: dobragem, soldadura, limagem e lixagem da prata. Serragem e limagem da cortiça. Macramé do cordão de algodão

 

5º. António Rodrigues – Águas Passadas

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António Rodrigues, de Mourão, apresenta uma peça feita com pastas cerâmicas, oxidos, vidro, madeira reaproveitada, sisal, couro e cortiça, que tem a funcionalidade de ser um candeeiro. Nesta obra, evidencia as vivências passadas dos trabalhadores do campo que utilizavam o cante alentejano como um hino no trabalho e que matavam a sede com peças como os cântaros, que purificavam a água e a mantinham a baixa temperatura. Com esta obra, António Rodrigues procura perpetuar e trabalhar valores com as gerações vindouras, no sentido de manter a olaria viva mostrando como a mesma nos pode ajudar a minimizar o desperdício da água e a melhorar a sustentabilidade do nosso Alentejo.

Técnicas Utilizadas: modelação, roda de oleiro, pintura e vidragem.

 

6º. Joana Prestes de Oliveira – Mãe D’Água

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Joana Prestes de Oliveira, de Évora, criou uma obra inspirada numa ceifeira do figurado de Estremoz, com uma cúpula de sobreiros a evocar o montado alentejano. Nesta obra, a aguadeira alentejana é símbolo da fonte da vida por levar água a quem trabalha a terra. Feita de barro vermelho e rosado, com algumas matérias recicladas, nesta peça a artista reflete que a “Água é a Mãe da vida. Sem Água não existimos.” enquanto retrata “um universo feito de dia e noite, na extensão sem fim, do mar de searas, com faróis de sobreiros.”

Técnicas Utilizadas: técnica da lastra e do alto relevo. Decoração ceramica com engobes e vidrado, chacota a 950º vidrado a 1000º.  Recorte de madeira. Teares cerâmico usando restos de fio de cânhamo e lã pura.

 

Facebook: https://www.facebook.com/aboniqueira.joanasantos.ceramista

Instagram: https://www.instagram.com/joanasantos_ceramista/

 

7º. Nelson Ribeiro – Inquietação

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Esta é uma peça única produzida manualmente em bronze e prata, com um pedaço de telha desgastada pela ondulação das águas do rio. Esta peça é uma pregadeira que tem como inspiração a paisagem alentejana. Seca, árida, bela, nostálgica e inquietante. Nelson Ribeiro, de Matosinhos, explica que quando visita o Alentejo encontrou-se muitas vezes com o imaginário das paisagens africanas de onde é oriundo, paisagens que lhe transmitem serenidade. No entanto, o artista fica incomodado com a escassez dos recursos hídricos e as culturas massivas que vão prejudicando a sustentabilidade do Alentejo, sendo a sua inquietação. Esta é uma peça única produzida manualmente em bronze e prata, com um pedaço de telha desgastada pela ondulação das águas do rio.

Técnicas Utilizadas: corte com serra de ourives. Soldadura com maçarico de gás propano. Diversas texturas aplicadas. Aplicação de esmalte sintético e aplicação de patine negra.

 

Facebook: https://www.facebook.com/gabrielribeiro.joiasdeautor/?locale=pt_PT

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8º. Hugo Cachaço – Dispensador de Bebida (Água)

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Um bebedouro nunca antes visto, Hugo Cachaço, de Castro Verde, aproveita a madeira para criar um dispensador de água prático e moderno. O artista recupera ainda o cucharro, peça de cortiça típica do Alentejo, utilizada para beber água. 


Técnicas Utilizadas: carpinteria.

 

9º. Cristina Amador – Alentejo Amigo da Água

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Cristina Amador, de Alvito, fez uma garrafa de barro com consciência. A artista recorreu ao barro e à pintura do mesmo para deixar mensagens sobre a importância da água, apelando para o seu uso eficiente, decorando ainda a garrafa com uma paisagem alentejana. Sabendo que a água é um recurso escasso na região, Cristina Amador recorda assim como o Alentejo deve ser Amigo da Água, preservando a mesma. 


Técnicas Utilizadas: modelação, roda de oleiro, pintura e vidragem.

 

10º. Renato Raposo – Chorei Saudades à Beira da Água que Corre

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 Renato Raposo, de Beja, apresenta um conjunto de garrafas e copos feitos a partir de terracota, tintas e vidrados cerâmicos. O conjunto dramático, chora à beira da água que corre, água esta que preserva em si temendo que não exista mais no futuro da sua região.

Técnicas Utilizadas: modelação com argila e vidragem.

 

BEJA
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