O Concurso de Artesanato "Água e Alentejo" evidenciou a conexão única entre a água e a criatividade artesanal, celebrando a identidade alentejana e a capacidade humana de transformar elementos naturais em verdadeiras obras de arte. Os artistas que participaram neste concurso demonstraram ter habilidades excecionais e um profundo respeito pela inovação e tradição, pela terra e pela água. No total, recebemos 36 obras que refletiram várias interpretações criativas ao desafio proposto e que incorporam elementos naturais, como a cerâmica, a madeira e o tecido, muitas vezes reciclados ou reaproveitados, destacando a importância da sustentabilidade na criação artesanal.

Neste separador, pode ver as obras que não foram selecionadas como vencedoras, pois além da divulgação do valor da água no território, procuramos também divulgar a arte, sendo um motor que contribua para o conhecimento e para a promoção dos artistas e do artesanato. 

Pode ainda ver as peças vencedoras aqui.

 

Carlos Campos - “Dóris”

Vindo de Santiago do Cacém, a “Dóris” é uma maçarico-galego da Lagoa de Santo André. Esta peça foi feita com maderia proveniente de limpeza florestal e cucharros de cortiça.

 MH Carlos Campos Dóris

 

Alzira Freire - "Alentejo"

A artista de Castro Verde recorreu ao patchwork e a retalhos de tecidos para fazer um avental para crianças com o tema “Água e Alentejo”.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Ana Filipa Pegas - “A Forma da Água”

Feito com pasta cerâmcia (grés) recorrendo à técnica de rolo, vidrado reativo e lustrino, a artista de Serpa criou um jarro único.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Maria Gonçalves - "Vestido de Praia em macramé"

A artista de Almograve inspirou-se na costa alentejana para fazer esta peça. A cor azul do vestido representa o mar e os nós utilizados na zona do peito remetem para as espinhas dos peixes.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Paula Estorninho - “TERRA”

Esta peça é um aquário com a paisagem do Alentejo, sem vegetação e água. A artista de Serpa explica que, nesta peça, a boneca parcialmente enterrada emerge da terra e interroga-nos sobre a escassez de água.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Ana Cristina Martins e Lidia Caeiro - “Peneira Alentejana com Talêgo”

Nesta obra conjuta, as artistas bejenses recorreram ao seu talento pela costura para reciclar uma camisa e uma peneira, transformando-as num talêgo.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Gisela Mestre - “Talêgo de Água”

Peça criada para transportar garrafas de água reutilizáveis, feita em couro de alfarroba e forrada a cortiça. Materiais obtidos a partir de culturas sustentáveis que requerem pouca água e estão adaptadas ao clima do Alentejo. Com esta obra, a artista de Beja apela que, o sobreiro, cujo montado já foi em tempos predominante no Alentejo e é cada vez mais escasso, deveria ser preservado. A alça do saco é feita com restos de tecidos, inspirada nos “talêgos” alentejanos - que eram sacos para transporte e armazenamento.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Maria Gertrudes Pegas - "Aguadeira Alentejana"

Com técnicas  de talhar, alinhavar e Com técnicas  de talhar, alinhavar e cozer à máquina, a artista de Serpa recorre a tecidos de algodão, feltro e lã para criar uma boneca de trapos que representa uma aguadeira alentejana.

Madalena Meireles Barro Fresco 

Maria Manuela Figueirinha - “Uma Casa Alentejana Sempre Contigo”

A artista de Odemira usou trapilho e fio de algodão para tecelar e fazer esta peça em croche.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Arsênia Estevens, “Avental da Água”Arsênia Estevens, “Avental da Água”

A artista, de Beja,fez um aventalpreto e vermelho, que remete às cores da cidade de Beja e insere o Cancioneiro Alentejano “Gotinha de Água”, património imaterial da humanidade, numa peça de tecido única.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Ana Rafael Guerreiro - “A Enfusa – Um oásis de vida e creatividade”

Feita com barro vermelho e vidrado brilhante,  a artista de Odemira fez este jarro com moldagem a representar elementos do mar, fazendo assim alusão à água.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

 Roberto Ganito "A essência da nossa existência"Roberto Ganito "A essência da nossa existência"

Esta obra valoriza resíduos do mármore que o artista de Borba apanhou na Pedreira Ruivina, onde é visível o impacto ambiental da pedreira desativada, deixando para trás lagos de água sem qualquer reaproveitamento e desgaste dos lençóis freáticos. As marca de acabamento imperfeito retratam a forma como o Homem desvaloriza os resíduos que deposita no ecossistema e o copo cheio é o reflexo do dever que está nas nossas mãos, o de assegurar um futuro sustentável, especificamente na requalificação da Água no Alentejo.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Ana Paredes - “Água é Vida”

A artista de Mora usou papel reciclado e tintas para fazer esta peça que alude à importância da água. Surpreende ainda com a ligação elétrica que fez, tornando a peça num candeeiro.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Carlos Rosa, “Alforges “Aguadeiro””

Esta peça de Almodôvar, traduz a tradição de uma actividade já desaparecida: “O Aguadeiro” que  vendia o copo ou “Cucharro” de água durante todo o século XX nas feiras tradicionais do Baixo Alentejo.  Nesta peça, todos os materiais são reciclados deste a lã pura à cortiça.

Madalena Meireles Barro Fresco 

 

Manuel Carvalho - “Aguadeiros (a tradição constrói-se)”

Trabalho com barro vermelho e tintas acrilicas, o artista de Vidigueira recorda os aguadeiros que levavam água a casa das pessoas ou vendiam na rua.

Madalena Meireles Barro Fresco  

 

Inês Costa - "Tarro e Cucharro"

A jovem artista de Beja recupera através da cerâmcia as peças que outrora davam de beber aos alentejanos.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Telma Baião - "Mar do Alentejo"

 A artista de Beja recorreu à técnica de lustre para cerâmica vidrada e recuperou madeira que reciclou para a produção desta peça, alusiva ao mar da costa alentejana.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Maria Cecília David - “Alma Alentejana”

A artista de Beja recorre ao arame, à madeira e à lã de ovelha merino para, através da técnica de feltragem com agulha, fazer uma imagem do Alentejo onde se vê, a ceifa do cereal, o pastoreio e um agueiro. A artista de Beja recorre ao arame, à madeira e à lã de ovelha merino para, através da técnica de feltragem com agulha, fazer uma imagem do Alentejo onde se vê, a ceifa do cereal, o pastoreio e um agueiro.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Henrique Chaveiro - "Antes que o "poço" seque… preserve!"

Trabalho com madeira reciclada, cortiça, pedra, metal, linha de algodão, cola, cimento, folha de alumínio, cabedal,Trabalho com madeira reciclada, cortiça, pedra, metal, linha de algodão, cola, cimento, folha de alumínio, cabedal,verniz e tintas. O artista de Castro Verde reflete sobre a escassez de água.

  Madalena Meireles Barro Fresco

 

Jorge Filipe - “Planeta Azul”

Jorge Filipe, de Alcácer do Sal, fez esta escultura em pedra com colagem de material e vidro, para representar o planeta terra, o planeta azul.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Fátima Lopes - “Kit de “Ollas””

Potes de barro não vidrado para irrigação subterrânea. São enterrados até metade na terra com o gargalo para cima e cheios de água. É um metodo anscentral de irrigação que a artista de Estremoz recuperou neste concurso.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Cármen Simão - "Fonte é Vida"

Através de materiais orgânicos e faiança e barro Através de materiais orgânicos e faiança e barro vermelhoreciclados, a artista de Beja criou uma fonte com plantas para representar que água é vida.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Madalena Meireles - “Barro Fresco”

Esta peça, em barro vermelho, não vidrado, é um jarro. A porosidade natural e a forma da peça, de boca larga, favorecem a evaporação da água e o arrefecimento, funcionando como humidificador, para utilizar no tempo quente e em espaços aquecidos.  A artista de Portalegre explica ainda que o contentor da peça, em cortiça, à semelhança dos tarros alentejanos, ajuda a manter a frescura da água.

Madalena Meireles Barro Fresco Madalena Meireles Barro Fresco

 

Sérgio Fonseca de Matos - "O último fragmento do deus Tagus"

Esta escultura representa uma memória imaginária de um deus inexistente, relativo ao rio Tejo. Esta peça feita de barro, gesso, resina de poliester e mármore, é uma representação de um Deus da Água do artista de Sintra. Todos os materiais foram reaproveitados de outros projetos do artista.

Madalena Meireles Barro Fresco

 

Ana Lúcia Nobre - “Honrar a Água Sagrada”

Esta peça é um quadro suspenso com frente e verso. Para a produção, a artista de Ourique usou tecido de algodão e linho,  terra e água do Rio Guadiana, uma cana da Ribeira de Mira, papel de algodão sensibilizado com cianótipo e lápis de aguarela.

Madalena Meireles Barro FrescoMadalena Meireles Barro Fresco

 

Vítor Caço - "Traste"

Nesta obra, o artista de Ferreira do Alentejo, cria um baloiço suspenso, feito com pintura tradicional alentejana de mobiliário e macramé.

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